Comecei a escrever sem antes saber o título. Na verdade o Post de hoje talvez não fale de corrida propriamente dito; também não sei ao certo o que transmitirá.
Já devo ter escrito aqui que começar a correr para quem levava uma vida sedentária foi algo bem complicado, onde muitas oportunidades para desistir apareceram e, ainda aparecem; vêm as dores, o cansaço, e tudo o mais que te empurra para trás.
Mas, a gente vai em frente, toma uma Dorflex aqui, uma compressa de gelo ali, ou simplesmente espera a dor passar, porque, acredite, ela passa. E, depois vem a recompensa, os resultados no corpo e na mente, a maioria positiva.
E corremos para onde? Não sabemos muitas vezes, mas é sempre para frente, daqui para adiante e não ao contrário (esses dias passou em um programa na TV uns doidos que correm de costas, mas é exceção).
E, assim é que tem que ser na vida de todos nós, não dá para andar para trás. Quem anda para trás é siri já dizem; só que ouso dizer que às vezes, e nem tão às vezes assim, é preciso dar uns passinhos para trás, umas corridinhas ao contrário.
Mas, não vamos tratar isso como um retrocesso, não! Apenas refazer a planilha, diminuir a intensidade do treino. Não estou falando do esporte, atenção! Falo da vida mesmo. E refazer a planilha, alterar a intensidade do treino... vai trazer lesões, vai doer. E não vai ter Dorflex que retire a dor...tampouco, compressa de água gelada.
Todas aquelas sensações que aparecem para te dizer “desiste” vão vir com força total. Mas, um dia eu disse “eu vou correr 21 km” e eu consegui. E agora, eu dei meus passinhos para trás, para reorganizar as coisas aqui dentro. Encontrar respostas que agora eu não tenho. Tentar sentir e distinguir o que é justo e o que é correto.
Os primeiros 10 km agente nunca esquece! Nem os últimos 10 anos da nossa vida! Os meus foram ótimos, tempos de muito amor, dedicação (ao menos eu acho que sim) conquistas, aquisições, alguns desencontros, alguns rompimentos bem difíceis (pai), outros menos, e alguns que não consigo nem falar (escrever), porque ainda recente demais e significam uma perda de parte de mim mesmo.
Enfim, como diria meu irmão Silvio, esse texto está bem gay, mas é isso, nem sempre dar uns passos para trás significa que fizemos a escolha errada; e isso só o tempo pode dizer, e nós temos que continuar correndo para os próximos 10 km e para os próximos 10 anos de vida, tentando fazer que ele seja tão bom quanto foram os últimos.
Por enquanto, eu aprendi que o prazer de correr não está só na quantidade de quilômetros rodados, tanto faz se foram 5, 10, 15 ou 21. O prazer está em fazer A CORRIDA, dar o melhor de mim naquela corrida. E a felicidade não pode ser encontrada nos lugares e nem depositar ela em outras pessoas, ainda que haja amor. Encontramos a felicidade por conta própria e ela não pode dependente de alguém.
O complicado é fazer todas essas letrinhas tomarem forma e cor, seja em suor, cansaço ou um sorriso de alegria. Nesses dias, as letrinhas daqui apenas se transformam em suor, cansaço.
a recompensa mano, está no aprendizado... e enquanto a gente não aprende, tem que fazer o mesmo percurso, com as mesmas paisagens, o mesmo treino...
ResponderExcluirte amo!
É isso aí, só vamos pra frente... de vez em quando, vamos pro lado... e muito raras vezes, damos pra trás! Rsrsrs. Mas é assim mesmo! Vamos lá! Seguindo, pois atrás vem gente!
ResponderExcluirNossa Felipee,vou te dizer que ficou bem sentimental esse post mesmo,eu que sempre me afino de rir,essa vez quase chorei.E confesso que estouu bem braba,pois vai arruinar com a minha maquiagem,hehe.Isso não se fazzzzzzzzzzzzz...
ResponderExcluirTexto gay, mesmo! Maas tirando o fato de tu cultuares relações homoafetivas, tu é meu irmão e tenho que dizer palavras bonitinhas nesses momentos difíceis.
ResponderExcluirNa corrida (da vida) não importa a velocidade com que corremos, pois nem sempre a corrida é para o mais rápido e sim para o que corre por mais tempo. Daí advem a conclusão: No caso de algum revés, devemos parar, perder algum tempo na corrida para refletir, e recomeçar de modo novo e mais inteligente.
Apesar de não teres me emprestado os R$800,00, desejo toda a felicidade do mundo pra ti, afinal, lembro até hoje dos dias em que tu passava a tarde me judiando, fazendo cósquinhas e tal... Te amo do jeito que tu é, afinal, sou bem parecido, entretanto, apesar de não aplicar na prática, devemos ser mais maleáveis em determinadas situações. Mas não vou ser eu, 10 anos mais novo, que vai conseguir colocar isso na tua cabeça né?!
Abraço
bunitinhos esses meus irmãos... dá até vontade de chorar... em ti ele só fazia cócegas, eu ele arrastava pela casa segurando pelos cabelos...
ResponderExcluirbjus
Vc já superou tantas outras coisas. Essa vai ser só mais uma pedrinha (ou ela sai de vez, ou ela só muda de lugar e provoca menos dor).
ResponderExcluirLogo, logo as coisas se resolvem e as letrinhas voltam a ter cor e alegria.
Ninguém sabe o que vai acontecer amanhã!
Marayse
"O medo de sofrer é pior
ResponderExcluirque o próprio sofrimento,
e nenhum coração jamais
sofreu quando foi em
busca do seu sonho."
Parabéns pelo teu melhor texto e feliz aprendizado!
ResponderExcluirNa vida tudo é passageiro, menos cobrador e motorista.
E vocês dois (Felipe e Sílvio) são bem bichinhas, como se percebe.
Abraço heterosexual.
Marcelo