segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O 'FIM' de semana


O título não reflete o que de fato se passou sábado e domingo. Na verdade apenas a Língua Portuguesa me obrigou a usar a palavra FIM, pois na verdade se trata de um começo, não é um recomeço, é o INÌCIO mesmo. Ficaria assim o título: O Começo da Semana.

Esses últimos dois dias (não vou mais usar a palavra FIM) foram importantes sob vários aspectos e desde então venho fazendo comparações da minha vida com a corrida. Sim, eu posso, o Lula compara a Economia e o futuro do país com jogos de futebol e outras analogias imbecis...e estou em dia com minhas obrigações!

A principal comparação é o fato de a prática da corrida ser um lance bem solitário. E eu estou sozinho agora e confesso que isso causa um medo danado! Na tentativa de ‘anular’ esse medo, procurei estes últimos dois dias (não posso falar aquela palavrinha ali de cima que começa com F) praticar bastante atividade física: caminhei, corri, pedalei. Caminhei outra vez, corri mais uma vez. E, eu estava sozinho.

Mas não significa que estava triste, porque eu realmente não estava. Estava com um pouco de medo, só isso. E, já que eu corro sozinho, e isso me faz muito bem, me mostra que posso sentir, pensar, planejar, ou só ‘apagar’ tudo que tem no cérebro, e ficar tentando cantar inconsciente as músicas em Inglês da minha vitrolinha (só sei em Inglês ‘the books on the table e open the door’). Sendo assim, eu concluo que posso seguir sozinho.

E o melhor da corrida é estar sozinho. A corrida não permite ser ajudado por outro, não naquele momento da prática, ali é você e mais ninguém. As canelas são só as suas; só há dois pulmões e um coração irrigando sangue, e eles são os seus. Na hora em que você está correndo as decisões não podem ser compartilhadas, é você quem decide qual o ritmo, qual o percurso, quando parar.

E assim é que estou tentando seguir nas demais áreas dessa vida maluca. É eu e pronto, não cabe no meu caso: ‘É nóis na fita’. E isso não significa que tudo vá dar errado. Ao contrário. Tudo vai dar certo; ambiente novo, endereço novo.

Ontem fechei a porta do meu antigo endereço, levava duas malas, tudo que era meu estava ali, nessas malas. Levei 10 minutos, ou menos, para arrumar tudo e sair. Foram 10 minutos bem difíceis.

Meu irmão, Silvio, foi me dar uma força. Confesso que na hora quase embarguei. Mas não olhei para trás, simplesmente fechei a porta e fiz de conta que estava indo ali e logo voltava; foi a forma de segurar o tranco. Lá, do lado de dentro, ficaram anos maravilhosos, um lar que me parece ter sido feliz e confortável, apesar dos poucos metros quadrados. Ficaram alguns sonhos, o Whit e a Kika.

Do lado de fora, foram embora duas malas (uma estava bem vazia, só calçados), eu e meus novos sonhos, que certamente não cabem em duas malas e isso é o bem mais precioso que eu tenho agora, imaterial, mas bem palpável. Não me importa a cor da minha nova casa, o tamanho da minha geladeira, e a minha cozinha planejada.

Daqui para frente os poucos metros quadrados de conforto não são mais importantes, ao menos não são condições para me dar segurança alguma. Minha geladeira não será Frost Free, e não terei um ar condicionado split. E que se dane! Eu terei o meu conforto, que nada mais é do que minha paz de espírito e, na próxima mudança de endereço eu não vou sofrer tanto.

Esses 10 minutos em que arrumei minhas tralhas foram penosos; mas os meus 10 primeiros quilômetros que eu consegui correr (eu lembro exatamente o dia, era à noite e quando eu consegui fechei os olhos e pensei ‘coisa linda eu consegui!’) também foram complicados.

A recompensa muitas vezes não acontece de imediato, pode levar algum tempo, mas se o esforço for demandado e não houver maldade nos gestos e atitudes, certamente ela virá, e duas malas serão poucas, assim como 10 km para mim é troco de padaria!

Agora vocês me dão licença, porque a corrida maluca começou hoje e estou empolgado.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Música, Drogas e Rock and Roll.


Pois muito bem, o Post de hoje serve para dar satisfação sobre a promoção das músicas que foram sugeridas aqui no BLOG, onde prometi um prêmio para quem desse a sugestão mais legal. Alguns amigos estão achando que estou enrolando demais e que o prêmio não vai rolar. Confiem em mim.

A demora é justificada, já que são muitas músicas para ouvir e considerando que estou reduzindo minha rodagem, em razão dos últimos acontecimentos na minha vida privada (nos dois sentidos, será?!), demora um pouco mesmo.

Antes de qualquer coisa, e considerando que o título trata de Drogas, preciso fazer um aviso paroquial: eu não uso drogas (nem ilícitas e nem lícitas), não bebo (nem socialmente) e não fumo (ex-fumante, 09 anos). E digo: não usem drogas que isso é roubada. Meu vício é: Correr! Esse pode. Então, o que passarei a escrever são meras suposições e impressões que tive com as músicas que já ouvi e as sensações que tive correndo quando avaliava as músicas.

Bem, já escutei as músicas da Marayse, Bruna, Luana e Marcelo. Todas muitas boas, que gosto muito mesmo. Escutaria em casa, no carro, “na rua, na fazenda, ou numa casinha de sapê”. Mas a maioria das músicas sugeridas eu não ouviria numa corrida; parecia algo do tipo Love Metal. Desculpem, mas sou o Super Sincero.

Ficou mais ou menos assim:

Sugestão da Marayse: A mais Love Metal de todas, músicas para corrida de lesmas, era para me dar um gás, mas não um gás lacrimogêneo para eu dormir! A lista dela são as famosas músicas ‘das anta’ (de antigamente) como diria a Keli, muito apreciadas pelos usuários de Cannabis Nativa, ou seja, uma viagem só. Repito, adoro todas elas. Imaginei um cara magrelo, o dia todo sem comer, numa casa de madeira caindo aos pedaços podre de chapado curtindo um Guns 'N Roses (November Rain). Gostei muito de correr escutando Seu Jorge (Mina do Condomínio).

Sugestão do Marcelo: O dinossauro do Rock and Roll (inclusive no tamanho – para os lados e avante!), com suas sugestões me apresentou Audioslave, muito bom! Mas no mesmo ritmo das sugestões da Marayse, porém, músicas mais encorpadas e ‘balançantes’. Imaginei um doido que fumou haxixe, escutando Led Zeppelin numa garagem com um bando de amigos fazendo aquele som, domingo à tarde. Também adorei Led Zeppelin (Physical Grafitti), nunca tinha ouvido e achei fantástico. Serve para correr? Bom, talvez para um treino curto de até 8 km. Mais que isso creio que impossível. Aí, só fumando o tal do Haxixe....

Sugestão da Bruna: Bom, só consegui baixar uma música da Bruna, e era uma música eletrônica. A vontade de parar de correr foi grande, fiquei atordoado com aquilo. O que leva um ser humano a ouvir isso? Por certo momento eu pensei que estivesse numa Rave, cheio de LSD na cabeça, muitas luzes e sons distorcidos. Para correr, sem condições.

Sugestão da Luana: Beyoncé - SINGLE LADIES. O nome diz tudo. Luluzinha, a música é super bonitinha, meiga e tal, retrata pessoas felizes dos comercias de refrigerante, mas gosto não se discute, né! Para correr sem chances. Eu estava nesse momento numa festa de aniversário, domingo à tarde, estava, não estava? Alguém diz que sim, pois eu achei que estava! Doidaço de coca-cola!!!!

Era isso, ainda faltam as outras sugestões, em breve eu termino. Repito, as músicas são boas, gostei da maioria, mas para correr eu não estou sentindo muita motivação com elas. Até a próxima viagem e sem uso de drogas!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O Velhinho Gordo está chegando


Fim de ano está aí, praticamente batendo em nossas portas, para muitos já era. Felizes daqueles que ganham 13º Salário!! Mas não posso reclamar, este fim de ano foi muito bom do ponto de vista $$$. Obrigado e amém!

2.009 foi muito rápido, correu mais que eu até! Para mim, sinal de que tive bastante trabalho e que tudo correu bem; alguns problemas neste fim de ano, evidente, mas não posso deixar de fazer um balanço positivo, até porque perdas acontecem e às vezes são para melhor.

‘Corristicamente’ falando, saí do 0 km para os 21 km, atingindo minha meta para 2.009. Perdi alguns quilinhos, especialmente o ‘panceps’, sinto mais disposição, e estou viciado em corrida.

Em 2.010 o objetivo é continuar correndo, por enquanto sem metas mais específicas, elas irão aparecer naturalmente. Pensei em correr a São Silvestre, juro que pensei. Fiz algumas pesquisas na internet e coisa e tal.

Encontrei muitas reclamações, principalmente pelo fato de ser uma mega prova, com mais de 15.000 corredores, o que torna um grande problema os primeiros quilômetros. Então vocês podem imaginar, eu, pessoa que não curte os seres humanos, no meio de 15.000 dessa espécie, tudo muito perto, e eu lá, sozinho, não, não, sem chances. O patrocinador também desapareceu do mapa né, motivo que também desmotivou.

Pois bem, este Post de hoje não tem nada de interessante, na verdade eu queria dizer algumas coisas sobre O BLOG, e aproveitar para agradecer e pedir, pedir principalmente!

Dizer que fico contente que meus amigos aparecem aqui para ler tantas bobagens, mesmo àqueles que não comentam; fico feliz por pessoas tão próximas, que estão aqui na sala do lado, outras no final do corredor, estão cada vez mais pertinho em razão do BLOG, ao menos assim que sinto. Internet com seu papel de democratizar as relações (puts, falei lindo, mas nem sei o que pretendi dizer!).

Dizer que tento escrever sobre corrida sempre com o objetivo de mostrar que o esporte pode fazer bem; e tento fazer isso sem ser muito chato, muito cansativo. Talvez eu nem consiga, mas juro que me esforço e faço com carinho.

Agradecer pela visita a esta paginazinha humilde; os comentários; as palavras de incentivo que tenho recebido; o apoio da Keli para eu correr; os malhos do Marcelo; as risadas da Bruna (que na verdade nem conta, porque ela ri de tudo, se duvidar ri até em velório); o senso de humor da Marayse; o mau humor do Silvio; o espírito zen da Fabiola; a inteligência da minha mãe; a espontaneidade dos comentários da Enelize, Luana e Regiane; a visita do amigo virtual Augusto (http://www.vamoscorrendo.com.br/)  que foi tirar umas férias em Conceição da Barra, litoral do Espírito Santo, e da Mayumi (www.runningkitigai.blogspot.com), da cunhada Brisa, amigos Guilherme, Valcírio e dos visitantes que não conheço (Adir e Tadeu Góes), igualmente importantes. Enfim, espero que vocês continuem lendo essa cultura inútil em 2.010.

Agora vem a melhor parte: pedir! Sim, que quero pedir meu presente de natal; mas esse pedido é direcionado aos meus familiares, lógico, ainda não perdi totalmente a noção! Família querida, meu presente eu quero que seja relacionado a corrida, podem se juntar e fazer a famosa ‘vaquinha’. Rola um tênis de performance?

E Papai Noel, sugiro que você corra para perder essa pança, estamos em pleno Século XXI, está na hora de perder a barriga, abandonar as Renas (até porque pode ser crime ambiental) e entregar os presentes correndo! E hoje em dia poucos acreditam na sua existência!


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Albert Einstein poderia ser um Grande Corredor



Ontem fiz um treino aos trancos e barrancos, 8 km de puro sofrimento. Já comecei bem, um dos fones de ouvido parou de funcionar antes de sair de casa. Mas tudo bem, lá fui ouvindo música num ouvido só, muito ruim. Crianças, não repitam isso em casa!

Já no início da corrida senti dores nos dois joelhos, um sobrepeso absurdo, calor idem. Ainda assim, consegui lembrar que depois de uns 10 minutos as dores iriam embora com o aquecimento e blá blá blá. Que nada, continuou doendo. Mas não parei e pensei: ‘Ta bom, já que está doendo mesmo, vou forçar mais, se é para doer ao menos que seja por um melhor desempenho’.

Antes mesmo de terminar o treino sofrido comecei a pensar na razão de eu estar com tantas dores e me custando a terminar meros 8 km. Simples: se a cabeça não está legal, o corpo é quem paga.

Impressionante como a mente insana influi no corpo da gente. Eu me sinto saudável, mais condicionado, pulmão a todo vapor, coração irrigando muitos glóbulos vermelhos para todo o corpo (é isso mesmo? Bom, média 7,0 no colégio sabe como é, pode não ter nada a ver). Só que a mente não está sã, e isso acabou com meu treino.

Ontem cheguei à conclusão de que um bom desempenho nos treinos depende em maior proporção de como está nossa cabeça, de como estão e onde estão nossos pensamentos. O resto da matemática basta manter uma regularidade nos treinos que o corpo se mantém saudável. Aumentar músculos é fácil...

Nesta linha de pensamento (ó o advogado falando), Albert Einstein, com toda sua inteligência muito a cima da média mundial, creio que conseguiria ‘domar’ a parte da mente que não está legal, e poderia ser um ótimo corredor. A língua de fora ele já garantiu, terminaria a corrida com a foto aí de cima. Sem falar que ele poderia usar suas teorias para melhorar o desempenho.

E mudando de saco para mala, gente está faltando ar no mundo, é sério! Caramba, ontem eu fui correr depois das 20h30min e não havia ar no mundo, não aqui em Tubarão. E olha que meu nariz não é modesto, garanto que consegue aspirar mais que a média mundial, mais que o Albert Einstein até, mas ainda assim faltava ar.

Até tinha um ventinho, modesto, mas não sei se ajudou ou atrapalhou. Quando era a favor do vento, era bom porque não tinha o atrito; em compensação o calor triplicava. Quando era contra o vento, tinha o atrito e o esforço era maior; mas aquela brisa no rosto....

Enfim, vamos tomar banho mais rápido, lavar a louça com menos água, escovar os dentes com a torneira fechada e reciclar o lixo, porque o efeito estufa está acabando com as minhas corridas.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Corrida, vida, tudo a mesma coisa, só se vai para frente.



Comecei a escrever sem antes saber o título. Na verdade o Post de hoje talvez não fale de corrida propriamente dito; também não sei ao certo o que transmitirá.

Já devo ter escrito aqui que começar a correr para quem levava uma vida sedentária foi algo bem complicado, onde muitas oportunidades para desistir apareceram e, ainda aparecem; vêm as dores, o cansaço, e tudo o mais que te empurra para trás.

Mas, a gente vai em frente, toma uma Dorflex aqui, uma compressa de gelo ali, ou simplesmente espera a dor passar, porque, acredite, ela passa. E, depois vem a recompensa, os resultados no corpo e na mente, a maioria positiva.

E corremos para onde? Não sabemos muitas vezes, mas é sempre para frente, daqui para adiante e não ao contrário (esses dias passou em um programa na TV uns doidos que correm de costas, mas é exceção).

E, assim é que tem que ser na vida de todos nós, não dá para andar para trás. Quem anda para trás é siri já dizem; só que ouso dizer que às vezes, e nem tão às vezes assim, é preciso dar uns passinhos para trás, umas corridinhas ao contrário.

Mas, não vamos tratar isso como um retrocesso, não! Apenas refazer a planilha, diminuir a intensidade do treino. Não estou falando do esporte, atenção! Falo da vida mesmo. E refazer a planilha, alterar a intensidade do treino... vai trazer lesões, vai doer. E não vai ter Dorflex que retire a dor...tampouco, compressa de água gelada.

Todas aquelas sensações que aparecem para te dizer “desiste” vão vir com força total. Mas, um dia eu disse “eu vou correr 21 km” e eu consegui. E agora, eu dei meus passinhos para trás, para reorganizar as coisas aqui dentro. Encontrar respostas que agora eu não tenho. Tentar sentir e distinguir o que é justo e o que é correto.

Os primeiros 10 km agente nunca esquece! Nem os últimos 10 anos da nossa vida! Os meus foram ótimos, tempos de muito amor, dedicação (ao menos eu acho que sim) conquistas, aquisições, alguns desencontros, alguns rompimentos bem difíceis (pai), outros menos, e alguns que não consigo nem falar (escrever), porque ainda recente demais e significam uma perda de parte de mim mesmo.

Enfim, como diria meu irmão Silvio, esse texto está bem gay, mas é isso, nem sempre dar uns passos para trás significa que fizemos a escolha errada; e isso só o tempo pode dizer, e nós temos que continuar correndo para os próximos 10 km e para os próximos 10 anos de vida, tentando fazer que ele seja tão bom quanto foram os últimos.

Por enquanto, eu aprendi que o prazer de correr não está só na quantidade de quilômetros rodados, tanto faz se foram 5, 10, 15 ou 21. O prazer está em fazer A CORRIDA, dar o melhor de mim naquela corrida. E a felicidade não pode ser encontrada nos lugares e nem depositar ela em outras pessoas, ainda que haja amor. Encontramos a felicidade por conta própria e ela não pode dependente de alguém.

O complicado é fazer todas essas letrinhas tomarem forma e cor, seja em suor, cansaço ou um sorriso de alegria. Nesses dias, as letrinhas daqui apenas se transformam em suor, cansaço.

sábado, 14 de novembro de 2009

Sexta-Feira 13



Todo mundo já deve ter ouvido falar que sexta-feira 13 é sinônimo de que alguma coisa vai dar errado; fora os filmes do Jason, o mascarado imortal de antigamente (o cara era um ser humano, mas nunca morria, sempre tinha outro filme, tipo ‘o retorno’).

Eu, particularmente, nunca acreditei nessas lendas, tanto que passo embaixo de escadas, não corro de gato preto e etc. Até, essa sexta-feira 13 que passou. Caramba deu um monte de merda.

Vamos aos fatos: ao final da manhã dessa sexta 13, eu comecei a sentir uma dor do lado direito que foi aumentando e aumentando; segurei até as 12h30min. Depois disso tive que me render e correr para a Pró-vida. Cheguei lá suando frio, larguei o documento e a carteirinha do plano de saúde na recepção e disse ‘moça preciso de um médico urgente’.

Atendimento feito, ultrassom idem (antes uma breve hospedagem na enfermaria, que gentilmente eles chamam de ‘conforto’, para tomar soro e remédio).

Bom, diagnóstico: lá estavam elas, mais uma vez, como as estrelas que têm no céu e nossos pais ensinam quando crianças, ‘As Três Marias’; no meu caso não eram estrelas, lógico, mas três pedras nos rins, devidamente divididas para ficar mais bonitinho e combinando: uma no rim direito, outra no rim esquerdo e uma no canal do Ureter, em trânsito, buscando a liberdade.

Depois disso, para terminar, passei na farmácia para comprar os remédios e, um minuto de silêncio! Vocês não vão acreditar, a senha da farmácia era 13! Não podia estar acontecendo! Sim, é isso mesmo, era sexta-feira 13 e a minha senha era 13. TREZE ao quadrado na matemática.

Disse para minha mãe (que foi me buscar na Pró-vida) que meu azar estava consumado, enquanto ela olhava o setor de produtos de beleza (mulheres, todas iguais, o filho doente e ela vendo badulaques); ela pensou ao contrário, disse que era sinal de sorte e mandou eu jogar no bicho. Para quem não sabe, contraversão a parte, 13 é o galo.

Mas, não estou tratando este problema com sofrimento, como fiz das outras vezes (‘eu não mereço isso, por que comigo’), nada disso. Eu sei que tenho parcela de culpa, a começar pelos dias e mais dias que fico sem beber água. Enfim, não adianta mais reclamar. O negócio é esperar que tudo vai sair bem, nunca ouvi dizer que ‘o fulano morreu de pedras nos rins’. Os ricos não tem pedras nos rins, eles tem cálculo renal, é bem diferente.

Mas garanto que tanto o pobre (que sofre de pedras nos rins) e o rico (que está com cálculo renal) sofrem com a mesma dor de como se estivesse cagando um tijolo ao contrário. Essa metáfora me foi dita uma vez por um enfermeiro. E já ouvi dizer que a mulher que tem as cólicas renais tranquilamente poderá fazer parto normal sem sofrimento.

Eu disse lá em cima que não acredito em lendas e coisa e tal; contudo, na dor a gente acaba crendo em situações que possam de alguma forma nos livrar do sofrimento. Não creio que gato preto possa dar azar, mas creio que tomar coca-cola com abacaxi possa ajudar a eliminar as pedrinhas! Receita de vó ofertada pela Regiane e pela Marayse. Fiz, estou tomando e é muito ruim! Tim Tim!!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Por maior que seja o buraco em que você se encontra, pense que, por enquanto, ainda não há terra em cima (Dercy Gonçalves).



Ontem saí do escritório por volta das 19h00min. Era dia de treino e eu estava me sentindo com 100kg, pesado demais, corpo cansado, cabeça idem.

Fui para casa a pé, como sempre (raramente uso carro) pensando ‘corro ou não corro?’. Caramba, eu não queria ir mesmo. Cheguei em casa desanimado, sem muitas motivações. Queria encontrar mais uma desculpa para não sair de casa, e os meus 100kg momentâneos era uma desculpa de peso.

Ainda assim, eu comi duas bananas e uma barra de cereal. Fui ao banheiro tentar diminuir meus 100kg (ei, eu peso 70kg, mas estava me sentindo com 100kg); devo ter conseguido reduzir uns 2kg, eu acho, fiz um parto normal de trigêmeos. Tomei um banho e fui correr.

O plano era simplesmente correr e pela primeira vez não fui com uma distância programada; vocês podem ver que eu realmente estava um lixo humano. Trilha sonora: Nickelback. Lá fui eu, pessimista em pessoa.

Vou pular os detalhes do treino; corri 12 km. E vou dizer: até o décimo quilômetro eu corri muito, muito rápido. Não marquei o tempo, mas com certeza foram os meus melhores 10km, o mais rápido e o menos sofrido, foi demais. Eu nem acreditava que estava correndo naquele ritmo, mesma velocidade do início ao fim.

Enquanto eu corria eu pensava ‘mais rápido, mais rápido’. Queria mesmo cansar o corpo; queria realmente me esgotar ao máximo. Acho que porque precisava tirar umas coisas ruins de dentro de mim, pelo suor, pela dor no corpo, pelo cansaço, enfim, eu queria melhorar e me sentir melhor e naquela hora era o que eu podia fazer.

A conclusão que eu cheguei é simples e todo mundo já sabe: quando estamos na pior, pensando que chegamos ao limite da tristeza, não podemos nos render; ao contrário, temos que reagir e correr atrás, e às vezes correr literalmente pode ajudar. Endorfina agindo na mente insana.

Ajudou bastante!

P.S. O título eu copiei da frase que consta no msn na minha irmã, Fabiola.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

110 limões


Ontem eu saí do escritório por volta das 19h30min; como sempre, fui pelo mesmo caminho, o que facilita a atuação de bandidos para me seqüestrar, eu sei. Mas, não haverá resgate; alguns (muitos!) vão dizer para os seqüestradores coisas do tipo ‘quanto você paga para aceitarmos ele de volta’.


Enfim, estava indo para casa, e a ciclovia de nossa cidade estava completamente cheia de seres humanos; a maioria caminhava e alguns corriam. Aí pensei: ‘poxa muito legal todas essas pessoas praticando atividade física’.

Porém, logo em seguida me deu aquele ‘estalo’ e percebi que não é bem assim; caramba, estamos no mês de novembro e a grande parte desses seres humanos não estavam ali para buscar saúde, não, estavam buscando apenas moldar os corpinhos para o verão, e isso não parece ser um objetivo muito interessante do ponto de vista da qualidade de vida.

Sem falar naquelas pessoas que fazem uso das dietas milagrosas, tipo, tomar 110 limões puros durante vinte dias; o resultado, bom, previsível.

E, considerando que a nossa ciclovia está em péssima condição de uso, esses seres humanos estavam ali também para ver e serem vistos; caso quisessem mesmo procurar saúde, estaria se exercitando na Beira Rio, perto das árvores, onde a calçada está novinha.

Bom, é uma pena, porque se esta prática fosse mantida ao longo do ano e com o objetivo de ter uma vida mais saudável, a boa forma do corpo acaba sendo e vindo de graça, vive-se melhor consigo mesmo e com mais segurança, pois querer dar jeito no corpo em tão pouco tempo é um super convite para lesões.

De qualquer modo, espero que muitas dessas pessoas que começam a se exercitar somente nesta época do ano continuem sempre, encontrem o estímulo para ter uma vida saudável; é como encontrar Deus (ou a religião, sei lá), a maioria encontra na dor, na necessidade.

Amém!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Som na caixa! Ou Som na Coxa!



Caros seres humanos (eca!), depois de muito correr ao som de Metallica, ACDC, Nickelback e Rage Against The Machine, confesso que preciso renovar a Vitrolinha, sob pena de desanimar nas corridas. Não estou afirmando que deixei de curtir essas super bandas, não! Só preciso reciclar.

E a corrida é assim mesmo, às vezes temos que mudar a rotina, como por exemplo, alterar o percurso, mudar o sentido da volta, mudar o lado da rua. Eu só não consigo mudar o percurso, pois eu sei exatamente a distância, onde é o km 1, o km 10, etc.

Só quando eu for mais rico é que poderia alterar o caminho do treino, porque poderei investir num GPS que irá calcular a distância de dentro de casa, sem que eu precise ir depois de carro contando no hodômetro (que ridículo).

Mas o objetivo deste Post é lançar uma Mega Campanha, cujo objetivo é vocês adoráveis seres humanos, darem dicas de trilhas sonoras. Importante destacar o nome da música e do Cantor/Banda.

Já sei que o Silvio (meu irmão pançudo), por exemplo, vai mandar aquelas coisas tipo Vitor e Léo. A Fabiola (minha irmã) algo do tipo Enya ou aqueles sons da natureza. O Marcelo, um Rock da hora. Ta valendo tudo!

E, para o ser humano que lançar a sua dica e a música ejetar aquele "gás extra" nos treinos, que sentirei nas corridas, eu darei um presente. E digo mais, um presente de verdade, nada muito oneroso, claro, mas uma premiação justa pela dica da Vitrolinha do Felipe.

Em caso de empate, ou de a música escolhida ter sido sugerida por mais de um ser humano, ganha o que postou primeiro.

É isso ai, aguardo as opiniões e não esqueçam, vale tudo!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Os amigos que não conhecemos e o ‘nosso’ encontro



A corrida tem um lance muito legal e esquisito, que é fazer amigos sem nunca ter conversado com eles. Pelo menos no meu caso tem sido assim, já que, reconhecidamente, tenho enorme dificuldade de contato com os seres humanos. Explico então como acontecem essas ‘amizades’.

Bom, como já estou correndo desde janeiro, e sempre no mesmo percurso, é natural sempre encontrar com as mesmas pessoas. E nesses encontros é que surgem esses amigos de corrida.

Tem uma senhora que corre acompanhada de um rapaz; acho que ela deve ter já seus 40 anos e ele seus 30 e poucos. Ela corre toda equipada, viseira, óculos, roupas adequadas. Sempre nos cumprimentamos. É um aceno com as mãos, um sorriso misturado com o cansaço (isso quando já estamos pra lá de 10 km).

Tem aqueles amigos que não há cumprimento, mas é possível perceber que ficamos animados por ter encontrado mais um dia na corrida. E muitas vezes o encontro ocorre mais de uma vez, porque cada qual segue por um lado.

Creio que rola até uma competição mental, tipo, na próxima volta um quer encontrar o outro num ponto mais distante (acho que não me fiz entender, mas vai assim mesmo). Mas devo dizer que é uma competição altamente sadia, que só se vê na Corrida de Rua mesmo.

Esse lance de amizade na corrida tem algo a ver com internet eu acho. Assim como no mundo virtual, muitas vezes fazemos grandes amigos, sem nunca termos visto, apertado as mãos, ou dar e receber aquele abraço.

Filosofando um pouco, creio que o maior dos encontros enquanto se corre, é com a gente mesmo. Claro, ficar mais de uma hora correndo sozinho, natural que a mente insana faça questionamentos, planejamentos e tudo mais. É o encontro mais íntimo, que acontece de dentro para fora, ou, de dentro para dentro, nem se exterioriza mesmo!

Bom essa afirmação só poderia sair de uma pessoa assim como eu, que mantém os seres humanos ‘enjaulados’ a certa distância (ou seria eu o enjaulado?). Depois desses meses todos de corrida, confesso que só encontrei esses amigos de corrida mesmo; porque eu mesmo, cada vez mais distante! Assim é bom, motivo a mais para continuar correndo e tentar me alcançar/encontrar.

É isso aí, corrida pode ser sinônimo de encontro, nem que seja uma tentativa de encontrar você mesmo.

P.S. A Fabiola não deu mais notícias depois na sua estreia nas corridas.