O Recomeço do Começo

Lamento aos que estavam torcendo para que eu não retornasse! Fodam-se! Sim, eu voltei, e mais escatológico que antes! Também tem a parcela de grandes amigos corrísticos e bloguísticos que me mandaram recadinhos, perguntando onde eu estava! Fiquei sinceramente super contente, obrigado pelo carinho!

Certa vez eu prometi que não usaria esse Blog para falar de coisas ruins, porque ele foi criado num momento em que eu precisava esquecer um pouco dos lances do trabalho, baixar um pouco a ansiedade e esses males do mundo moderno (lembro que minha avó só reclamava de reumatismo, tempos bons!).

Portanto, a causa de meu afastamento temporário será mantida em sigilo absoluto, não adianta insistir! E se alguém me seqüestrar na tentativa de descobrir antecipo que apenas mais 3 (três) pessoas no mundo sabem o motivo, e se algo me acontecer, providências serão tomadas!

Apenas posso dizer que estou precisando ter novas perspectivas sobre muitas coisas; sair um pouco da zona de conforto e me desafiar; e o mais importante, preciso aprender a gostar, ou re-gostar das mesmas coisas todos os dias. Recomeçar do começo, andar pelos mesmos lugares com sensações diferentes e ainda sim ser possível sentir bem. Deu, sem mais detalhes.

Nesse período de escondimento bloguístico não abandonei os treinos, aliás, fiz algumas adaptações, como, por exemplo, correr no horário do almoço. E, correr na hora do rango é muito bom, à tarde fica menos estressante e não sofro tanto com as dores musculares noturnas.

Esse domingo, participei de uma prova aqui em Tubarão, a 7ª Corrida Rústica Ferrovia Teresa Cristina. Aquela mesma que me lancei ano passado ao mundo corrístico.

A prova deste ano estava mais legal, ganhei medalha de participação, salada de frutas no final e tudo! O dia estava demais, domingo típico tubaronense: sol quente e na sombra frio.

A prova: Corri na minha condição, até porque a noite anterior não foi das melhores e estava com dor no meu joelho esquerdo, devido ao fato de eu ter capinado um dia antes e irrigado uma horta. Sim, eu capinei um pouquinho ao redor de uma horta que estamos fazendo no prédio onde moro; em breve fotos das coisas verdes, eca!! (crianças, não repitam isso em casa).

Depois de um tempo nessa vida amargurada de corredor/comedor conseguimos aprender umas coisinhas legais sobre táticas e estratégias nesse esporte. Eu larguei no ritmo que pretenderia manter durante toda a prova, já que a rodagem era só de 4,5km, ou seja, não tinha como dividir a distância em 3 etapas, é lascar lenha desde o começo.

Exemplificando, na largada eu pude ver uma galera largando a milhão (não no sentido de um milho grande, ok?), e eram rapazes de uns 20 e poucos anos, todos com uniformes de Atletismo. Outros não estavam a caráter, mas largaram muito forte também. Pensei comigo ‘logo mais nos encontramos’. Mantive meu ritmo de lesma e não escolhi esses caras como coelhos (Estamos agora no TV Animal!). Escolha certa, pois muitos desses caras quebraram antes da metade, ou seja, logo no quilômetro 2 estavam caminhando. Outros quebraram faltando 1 km. E eu? Eu todo faceiro passando por eles, lindo, cabelo arrumadinho e pouco suado!

Na chegada rolou um sprint com um parceirinho que encostou do meu lado no último quilômetro (pensaram que eu diria que o cara grudou atrás de mim né!); a galera até aplaudiu essa disputa, foi muito legal e eu cheguei à frente dele! Até pensei em apertar a mão do cidadão e dizer que foi uma bela chegada, mas acabei perdendo ele de vista.

Na minha categoria fiquei em 14º colocado (não me perguntem qual era a minha categoria, porque não divulgaram, só sei que era a Categoria F) e na geral fiquei em 113º de um total de 224. Curti a corrida, o clima de integração e não me arrependi de ter ido, só por isso já valeu.

Este ano também teve um lance legal na corrida: disputaram atletas com necessidades especiais; um cadeirante, com seu pai pilotando; uma menina com alguma deficiência visual e um atleta cego, guiado por um personal. O atleta cego pode ser visto durante a semana treinando na cidade sem nenhum guia, apenas com sua bengalinha. Então, pensemos melhor antes de reclamar...

Saco foi ver um bando de Políticos no evento, candidatos nessa eleição, pedindo votos, entregando 'santinhos' e, outro deles, entregando a premiação todo pimpão; vão tomar no cu! Quero ver vocês fomentando o esporte depois das eleições seus merdas! Até pensei em citar o nome desses bostas aqui, mas não, capaz até de ter efeito contrário e render votos ainda, melhor manter o anonimato.

Gran Finale: havia o tal do Banheiro Químico. Tenho uma história para contar. Inacreditavelmente, alguém estava passando muito mal pelo ‘filho’ que deixou no dito Banheiro. Filho não, filhos... meu Deus, o que era aquilo? O cara devia estar ansioso demais, porque eram infinitas coisas amarelas, molóides, flutuantes, furadinhas igual mousse de maracujá, sabe? Esse, merecia medalha de ouro, duvido que o papel tenha dado conta, e correr em condições tão adversas é coisa para 1º Colocado! E eu reclamando de uma singela dorzinha no joelho...

P.S. Galera, já existe algo sobre a São Silvestre? A Mister M. (mais conhecida como Dona D, ou Ivana), a Dani, Elis, Jeff e outros haviam dito que iriam esse ano. Eu irei! Vamos?